Portugal atento ao coronavírus

Sem casos suspeitos, autoridades pedem tranquilidade e atenção à evolução do surto, sobretudo se viajar até à China.

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) tem accionados dispositivos de saúde pública de prevenção e recomenda maior atenção para viajantes com destino para a cidade de Wuhan e ainda Beijing, Guangdonge Shanghai, na China. Por cá, para já sem casos suspeitos de infecção por coronavírus, autoridades pedem tranquilidade.

Os sintomas deste novo coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar. Foi identificado em dezembro passado, na cidade chinesa de Wuhan, na China.

De acordo com a Sky New, que cita fontes locais, o número de pessoas mortas pelo coronavírus subiu esta quinta-feira para 25, e o número de pessoas infectadas para 616.

Além de Wuhan, duas outras cidades vizinhas Huanggang e Ezhou, estão de quarentena,  num esforço das autoridades chinesas para conter a circulação do vírus por outros locais.

Até ao momento, foram também reportados casos  de infecção na Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, Singapura, Taiwan, Tailândia, Vietname e na região de Macau.

Inicialmente, a informação transmitida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ia no sentido de que este vírus não se transmitia entre humanos, mas foi entretanto corrigida, e por isso também Portugal está a acompanhar de perto a situação.

A Direcção-Geral da Saúde faz saber que tem activados os protocolos estabelecidos para situações do género, reforçando no Serviço Nacional de Saúde a linha Saúde 24, através do número 800242424, e a linha de apoio médico, para triagem e evitar que em caso de eventual contágio as pessoas não encham os centros de saúde e as urgências dos hospitais. Hospital de São João, no Porto, o Curry Cabral e Estefânia, em Lisboa, estão de alerta.

Existem ainda medidas internacionais para prevenir que o vírus seja exportado a partir da China, sendo os rastreios feitos na origem antes de viagens de comboio, avião ou barco. No esquema de prevenção montado há também um protocolo com o Alto Comissariado para as Migrações para fornecer serviços de tradução aos viajantes, caso seja necessário.

Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) através do portal das comunidades portuguesas, sugere aos portugueses que viagem para a China e zonas próximas que estejam informados sobre a evolução do vírus, recomendando a turistas e residentes que se registem ou inscrevam no consulado.

Aconselha-se ainda o registo das deslocações na aplicação Registo Viajante. Aos residentes, recomenda-se que, caso não o tenham ainda feito, procedam à sua inscrição consular ou à respectiva actualização junto do posto com jurisdição sobre a área de residência.

Em geral, os viajantes devem permanecer atentos ao constante evoluir da situação, bem como às informações divulgadas nos portais da Direção-Geral da Saúde, do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) e da Organização Mundial da Saúde.

Este surto surge na altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar. Segundo o Ministério dos Transportes chinês, o país deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias.

Com o mundo de olhos postos na China, a OMS optou, esta quinta-feira, por não declarar uma emergência internacional.  Mas pondera a possibilidade de reunir o comité no futuro para discutir novamente uma eventual emergência internacional, o que implicaria a implementação de medidas preventivas a nível global.

No portal da DGS pode ser consultada mais informação sobre o coronavírus, que é semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) – que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.

 

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